Olá,
como prometido, tentarei toda a semana escrever alguma reflexão no blog. Minha tentativa de hoje é a de refletir sobre a imagem da criança no filme a pequena loja de suicídios e
a manipulação da substância ritalina em crianças.
Breve
resumo do filme: a pequena loja de suicídios é um filme baseado na obra do escritor Jean
Leulé e produzido pelo diretor Patrice Laconte em 2012. A animação basicamente
se passa em uma Paris cinza e mórbida afetada por problemas econômicos que inflingiram
na desesperança de seus habitantes.
O resumo do filme está bem sucinto. Ele foi feito de
propósito porque vocês tem acesso a milhares de resumos em milhares de blogs existentes
na nossa querida web. Além disso, deixarei o link do filme completo para que
assistam.
Nesse
ambiente, há uma família que resolve se beneficiar financeiramente da tristeza
dos outros. A família Tuvache administra a pequena loja de suicídios, na qual o
lema é:
“Só
se morre uma vez. Então, que seja um momento inesquecível.”
A
família é composta pelo senhor Mishima, senhora Lucréce, Marilyn e Vincent,
filhos do casal. Todos eles são obcecados pela morte e fazem dela mercadoria. Tudo vai bem para eles e mal para os habitantes
de Paris, até o nascimento de Alan. Este é o clímax do filme e por isso me fez
pensar neste post. Alan é um menino alegre, ele sorri e desde seu nascimento, contagia todas as
pessoas ao redor, ao ponto de um cliente desistir do suicídio ao vê-lo.
Eu me
interessei por Alan porque ele demonstra bem a maneira como a criança tende a
inverter ou questionar o que está instituído. Alan não consegue entender porque
as pessoas não são alegres, não aceita aquela morbidez e mal humor que os
adultos já naturalizaram, em outras palavras,
Alan não se submete as normas sociais!
E
porque isso me fez associar com a ritalina?
Penso que as crianças tendem a causar desconfortos
ao questionarem realidades já concebidas pelos adultos. Fazendo uma pequena
pesquisa sobre a ritalina, descobri que ela é utilizada para a hiperatividade
ou para trazer o paciente para a normalidade. A ritalina também é conhecida
como droga da obediência. Em outras palavras para usar uma expressão de minha
querida mãe, a ritalina é uma espécie de “sossega leão!”.
Com o uso, a criança relaxa e se torna um zombie,
como aqueles que frequentam a pequena loja do filme. A droga é receitada para
crianças questionadoras e seu uso frequente pode levar a dependência, a partir
daí, o não uso da droga leva a abstinência e sintomas que vão desde a surtos
psicóticos, alucinações e outras enfermidades que podem culminar no suicídio!
Certamente não se
pode deixar de lado o problema cultural presente na manipulação deste remédio,
pois vivemos em uma sociedade em que os pais estão ocupados com inúmeros afazeres
e metas para cumprir, não tendo energia para trocar ou dedicar aos filhos
quando chegam em casa. Nesse contexto, a criança arteira, enérgica ou questionadora,
pode se tornar um problema!
Fiquemos atentos!
Vamos debater!
Link para o filme:
Quando eu assisti ao filme esse ano adorei a forma como a tristeza e a morbidez foi representada de modo sarcástico. Mas a sua reflexão me fez lembrar das mães que sofrem de depressão pós parto, que ao invés de realizar-se nesta mudança de status, não enxergam a tal felicidade na futura criança. Enfim, bom pra fazer pensar! Até semana que vem ;*
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