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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Primeira Infância Melhor – PIM

Link para o site do PIM

O que é o PIM?

O Programa Primeira Infância Melhor é uma política pública do governo do Estado do Rio Grande do Sul, coordenado pela Secretaria Estadual de Saúde, que desde 2003 em apoio com os municípios, atende famílias com gestantes e/ou crianças de 0 à 6 anos incompletos.

“Está voltado para o desenvolvimento pleno das capacidades físicas, intelectuais, sociais e emocionais do ser humano, tendo como eixo de sustentação a Comunidade, a Família e a Intersetorialidade.”

Mais informações no site.

Metodologicamente, o PIM tem como base para seu perfeito funcionamento, o trabalho dos Visitadores, que são os agentes promotores das atividades do programa, diretamente com as famílias. As visitas são semanais, de acordo com a idade das crianças: crianças de 0 à 3 anos incompletos recebem visitas individuais, em sua casa, acompanhadas de seu cuidador responsável, enquanto que crianças de 3 à 6 anos incompletos participam de atividades grupais, semanalmente, em algum local dentro da comunidade em que vivem, sendo estes, também acompanhados pelo cuidador ou responsável.

Com relação às gestantes, estas recebem visitas quinzenais em suas casas, e participam de reuniões grupais mensalmente, procurando promover seu desenvolvimento gestacional e preparando-as para receber seus bebês.

O acompanhamento do “cuidador ou responsável” traz a importância que o programa tem para a família. Pois com atividades lúdicas específicas, os Visitadores procuram reforçar o vínculo da família com suas crianças e assim estimular o desenvolvimento integral de seus filhos.

Informações sobre o PIM, referenciais teóricos e metodológicos podem ser obtidos através do Livro "PIM - Uma Inovação em Política Pública" disponível para download no site.

Avaliação do Primeira Infância Melhor, pelo Centro de Referência Latino-Americano de Educação Pré-Escolar (CELEP):

No decorrer do ano de 2010, o PIM passou por uma avaliação realizada pelo CELEP.  Com entrevistas às famílias e observações das atividades realizadas pelos visitadores, a avaliação apontou melhora significativa dos indicadores que formam a estrutura para o trabalho dos Visitadores: sócio-afetivos, motricidade, cognitivo e linguagem. Foram comparados os registros dos indicadores do momento em que as famílias foram cadastradas no PIM e o momento da avaliação em si, para serem percebidos os avanços que o acompanhamento dos Visitadores proporcionou.

“A grande maioria das famílias (96%) informou que era atendida semanalmente pelos visitadores e 89% já estava há mais de seis meses vinculadas ao PIM. Em relação à realização das atividades propostas pelos visitadores, metade das famílias (51%) afirmou realizá-las diariamente e 34% o fazia várias vezes na semana, principalmente a mãe (89%), os irmãos (30%) e os pais (27%) se envolviam na execução das tarefas com a criança. De modo geral, a maior parte das famílias acreditava que sua participação no PIM modificara seu modo de tratar os filhos (97%), ajudando-as a entender melhor o desenvolvimento na primeira infância (87%) e a atender as necessidades afetivas e lúdicas dos filhos. Muitas famílias relataram estar mais próximas dos filhos, brincando e conversando mais com eles, além de conseguirem estabelecer limites. Com isso, várias famílias passaram a observar que suas crianças estavam mais alegres (46%) e comunicativas (53%), brincando mais (81%) e relacionando-se melhor com outras crianças (49%).”

Informações:

Boletim Informativo -  Edição Especial "Segundo Corte Avaliativo do Programa Primeira Infância Melhor"

"Criança com PIM faz a diferença"

Assim como outros, o município de Pelotas também foi avaliado. Contamos com 88 Visitadores, com a previsão de 25 famílias por Visitador, temos em média 2.200 famílias sendo atendidas, espalhados em 31 comunidades pela cidade. Na última quarta-feira, 09/02, foram apresentados os resultados aos envolvidos neste processo, pela Consultora da Unesco, Maria Celeste Leitzke, que destacou que “Pelotas foi muito bem frente à média do Estado mostrando um trabalho de qualidade que faz a diferença para o futuro das crianças”.

“O programa chega ao final de 2010 presente em 255 municípios, com o trabalho de 2.342 visitadores, em benefício de 58.550 famílias gaúchas, 87.825 crianças atendidas e 7 mil gestantes assistidas.” Noticiário do PIM - 03/02/11

Para mais informações:

Legislação e Documentos Oficiais – PIM

Apoios Nacionais e Internacionais – PIM

Indicadores – PIM

Links – PIM

Minha relação com o PIM

Trabalhei no PIM durante os últimos dois anos, passando pelo cargo de Visitadora, Monitora e finalmente à frente do Banco de Dados do programa no município, com o apoio de minha colega e amiga, Karina Antuart. Ela é testemunho do trabalho que passamos e que passaríamos novamente, se necessário.

Longas e difíceis foram as horas de trabalho abaixo de sol e chuva. Mas que se tornavam prazerosas ao sermos bem recebidas pelas famílias. Toda dificuldade se dissolvia…

Também foram horas divertidas… nos dias de reuniões, criando planejamentos, não se sabia quem eram as crianças do programa: os visitadores – grandes crianças ou as crianças pequenas?

Talvez posso dizer que o último grande marco de nossa presença no programa, foi o momento da avaliação. Não apenas o antes e o depois, mas principalmente o “durante”… Toda avaliação sugere consigo pressão, dúvidas, questionamentos, medos. Não foi diferente. E acredito falar não somente por mim, mas pela Karina, pelos Visitadores, Monitores e Grupo Técnico Municipal. Mas valeu a pena.

Todo esforço é sempre recompensado.

Sem contar, que foi com o PIM, que me envolvi nos estudos sobre as crianças e a infância. Foi o “MARCO ZERO” * de meu trabalho. Procurei alguma conexão teórica com meu curso de Ciências Sociais, que me possibilitasse obter maior proveito tanto do meu trabalho, quanto do meu estudo.

Acabei por conhecer então, a Sociologia da Infância, me baseando principalmente no Sociólogo Português Manuel Jacinto Sarmento, partindo de seu texto Imaginário e Culturas da Infância. Buscando maiores referências sobre as representações das crianças, tive como referência o Sociólogo Americano William A. Corsaro, a partir de seu artigo "A reprodução interpretativa no brincar ao faz-de-conta das crianças". Ao decorrer do curso, tive uma disciplina sobre a “Antropologia Visual ou Antropologia da Imagem”, ministrada pela Prof.ª Dra. Claudia Turra Magni, que veio a ser orientadora no meu TCC.

Hoje, minha conexão com o Programa é de coração. Não faço mais parte de sua estrutura como funcionária, mas continuo ligada à ele, seja como administradora do Google Groups "Primeira Infância Melhor" ou como estudante e pesquisadora.

Definitivamente “Amo Muito Tudo Isso”!!!!

*MARCO ZERO: registro da avaliação inicial de todas crianças no programa, ou ainda, como diz nossa Consultora Celeste “a certidão de nascimento” de cada criança no programa.

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