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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ontem vi uma pipa que brincava com meninos...

Ontem no início da tarde, eu caminhava para ir a faculdade.
Ao passar por um dos pontos de ônibus do meu bairro, observei  três meninos que aproveitavam a ventania para brincar de pipa.
Um dos meninos, na verdade era um pouco maior que os demais, alem disso, ele é  morador de rua e sofre de problemas mentais. Ninguém sabe ao certo de onde ele veio, nem para onde vai, o que se sabe é que transita pelo bairro e pela cidade e entre pessoas que manifestam os mais variados sentimentos que vão da piedade ao desprezo.
Porém aqueles cincos minutos que observei a brincadeira, me fizeram refletir e mais uma vez me sensibilizar com as crianças.
Elas pareciam não se importar nem um pouco, com todas aquelas moralidades e desvios que emanam de sujeito socialmente marcado por stigmas que nós adultos tanto nos importamos. Como  por exemplo, o fato dele ele ser doente, morar na rua, ou ser negro.
O mais importante era a brincadeira, o voo da pipa que livre-mente dançava no céu.
A pipa brincava com os meninos e estes brincavam com a vida.




A PIPA
A pipa voa sem asas.
Livre, corta o céu.
A pipa dança no azul.
A pipa é dona do azul
A pipa é festeira. É atrevida.
É abusada a debicar.
Ela enfeita a imensidão
Com cores e rabiolas.
A pipa voa tão alto... tão alto....
A pipa é biruta.
A pipa é batuta.
Faz troça com o vento, faz firula...
A pipa é o sonho do menino.
As pipas são as asas do menino.
Ah! Como a pipa é bonita!

                                             Fatima Reis

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Persépolis, um filme bom para pensar

Pois bem, aqui estou eu e minhas tentativas de análise.
No ano passado( que legal falar isso), enquanto procurava informações sobre a Pequena Loja de Suicídios para discutir aqui, encontrei correlações com este filme que indico hoje. 
Em tempos de terrorismo e certa tensão global(ou talvez européia), é interessante perceber o olhar da crianças diante desses conflitos e Persépolis é um dos filmes que tenta revelar isso. 
Trata-se de uma animação francesa, criada em 2007 e baseada na vida de Marjane Satrapi, homônimo de Grabrielli Lopes, que escreveu o livro e dirigiu o filme juntamente com Vincent Paronnaud. 
O filme inicia-se com a doce e inocente Marjane, no auge dos seus oito anos e sonha em ser profetisa para salvar o mundo.  Entretanto por viver em meio à discussões políticas incitadas por sua família a menina acaba adquirindo senso crítico sobre a sua realidade e em um momento do filme chega a questionar a existência de Deus, assim como desiste de ser profeta. 
Assistindo o filme, podemos ver como opera o imaginário da criança e como este é recriado por ela mesma, visto que aos dez anos, a protagonista já faz críticas sob o seu país e sobre a sociedade em que vive. Podemos observar também como opera o sentimento revolucionário em uma menina que ouve punk-rock e se recusa a usar o véu. 
Na adolescência Marjane sai de seu país e tem um novo aprendizado: conviver como a diferença. Em diversas escolas que frequenta, ela é tratada como uma alteridade radical, na qual todos se assustam ao saber que ela já acompanhou uma revolução! 
Já adolescente, cansada daquelas pessoas e desiludida com o amor, Marjane volta ao seu país e percebe que os regimes estão ainda mais brutais, principalmente com as mulheres. Apenas uma pausa aqui para dizer que este filme também é bastante interessante para se discutir gênero. 
Após se casar e perceber que estava totalmente condicionada a cultura de seu país, ela não suporta tanta repressão e se separa, sendo novamente é expatriada do seu país aos 22 anos, para nunca mais voltar
Longe de querer escrever uma sinopse do filme, minha tentativa foi a de demonstrar a ação e a percepção de uma criança menina em meio aos conflitos de seu país, bem como a de revelar como opera o processo de transmissão de uma ideologia em um ambiente repressivo. 
Por esse e por outros motivos(que só os senhores irão descobrir) vale a pena ver Persépolis!









Os diversos caminhos das crianças ao irem à escola

Uma série fotográfica  apoiada pela Unesco buscou revelar as dificuldades encontradas por crianças ao redor do mundo, inclusive no Brasil, em seu trajeto em direção à escola. 
A série foi batizada de “Journeys to School”.
Um belo incentivo para inciarmos 2015!

Alaska - EUA 


Wyalkatchem – Austrália



Calcutá – Índia


Casablanca – Marrocos


Djibo – Burkina Faso

Essonne – França




Maripasoula – Guiana Francesa



Hoëdic – França


Mae Sot – Tailândia


Misrata – Líbia


Nairobi – Quênia



Sertão – Brasil



Fonte: Razões para acreditar: http://razoesparaacreditar.com/sobre/

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Crianças!

Boa noite, 

estou aqui excepcionalmente na terça-feira para falar sobre um vídeo do canal Porta dos Fundos. 

Adoro esse canal, principalmente pelo fato dos comediantes serem tão habilidosos em produzirem um humor crítico à sociedade.

A cada vídeo produzido, observa-se a criatividade em se inverter, questionar e satirizar as normas sociais. Ao meu ver, isso se aproxima e muito com o que as crianças fazem. 

Neste vídeo  os produtores demonstram inúmeros questionamentos: primeiro  uma sociedade cada vez mais controlada por remédios, segundo o engendramento destes remédios nas crianças como forma de controle(a famosa ritalina é citada) e terceiro as noções de educação. 

Divirtam-se!