Para marcar meu retorno descrevo uma cena que presenciei esta semana no ônibus.
Estava no centro da cidade e aguardava o ônibus para voltar pra casa. Quando ele finalmente passa eu entro e fico próximo a porta traseira, pois sempre acho que em caso de superlotação, ficar perto da porta é a melhor estratégia para descer de forma rápida.
De onde estou vejo uma senhora e seu neto que devia ter uns 4 anos de idade. Ele é uma daquelas crianças criadas com a avó, para usar uma expressão popular. Sei que ela era avó, não só porque ele pronunciou tal vocativo, mas também pela maneira permissiva com a qual ela o tratara.
Os dois ficaram de pé dentro do ônibus, até que um cidadão de bem cedeu o lugar para que a avó e seu neto pudessem sentar-se.
Quando sentaram a criança disparou em alto e bom tom: A gente sentou porque a senhora já é velha né vó?
De maneira teatral a senhora falou com uma mulher que estava sentada a frente: Mas olha que menino atrevido?!
Fim