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domingo, 17 de abril de 2011

Criança como índice versus criança como agente.

Criança como índice versus criança como agente.
 
Extrato retirado do artigo da antropóloga Flávia Pires: "O que as crianças podem fazer pela antropologia?" 

Referência do artigo completo:
PIRES, Flávia. O que as crianças podem fazer pela antropologia? Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 16, n. 34, p. 137-157, jul./dez. 2010.

Para acessar a revista onde se encontra disponível o artigo, clique aqui.


A socialização poderia ser pensada como a aquisição gradativa de conhecimentos sobre determinado assunto. A criança, ser passivo, aprende. O adulto, ser ativo, ensina. A relação seria unilateral e não comportaria direções contrárias. A linha do conhecimento viria, literalmente, de cima para baixo. A cultura se adquiriria em um processo semelhante. A criança – um ser associal em quem a cultura será inculcada. O trabalho de socialização das crianças seria visto como um mecanismo progressivo de aquisição de cultura. Essa maneira de pensar repousa sobre a definição do adulto portador de cultura, do bebê enquanto ser associal e da criança enquanto ser se tornando social à medida da inculcação dos padrões de comportamento culturais de sua região natal. Nesse sentido, cultura é algo que se adquire, que está localizada no mundo dos adultos e cabe a eles passá-la adiante. A cultura teria um remetente e destinatário, assim como um endereço fixo.
Uma antropologia comprometida com um conceito de cultura substantivado e, consequentemente, pouco dinâmico, produziu estudos sobre crianças que privilegiaram a visão de socialização infantil como mecanismo gradativo de obtenção de cultura. Foram os estudos onde as crianças eram tratadas como índices do mundo adulto (Rapport; Overing, 2000).20 Strathern e Toren (Strathern et al., 1996) mostram que nesse esquema considerado obsoleto (sociedade como entidade) é a cultura que vai “socializar” os indivíduos, tornando-os seres sociais. Parte-se do princípio de um reino natural e externo a ser “socializado” pelo mundo da cultura ou do social. A educação das crianças foi pensada a partir desse modelo, na medida em que elas eram consideradas parte de um mundo natural, reino da biologia, reino dos instintos. Para Toren, a noção de socialização tem origem no século XIX e está presente em todos os modelos europeus que visavam a educação infantil do século XX, desde o de Freud ao de Skinner (Strathern et al., 1996, p. 73). Além disso, ela foi construída a partir de uma noção cristã da Idade Média de que a criança deveria ser moldada como a argila ou o betume. A partir da sua inserção gradativa na sociedade as crianças iriam se tornando seres sociais. Aprenderiam a falar, a andar, a comer à mesa e muito mais tarde teriam uma profissão que definiria seu lugar no mundo social. Doravante, ela será tanto mais social quanto mais bem-sucedida for no mundo social. A criança seria, gradativamente, “moldada” pelos adultos.
É contra essa concepção de socialização que vem falando Toren (ou domesticação, nas palavras de Ingold). O processo pelo qual nos tornamos quem somos difere radicalmente, nos termos de Toren (1999), da chamada “socialização” que tem como objetivo formar seres padronizados, através da inculcação da cultura. Os sistemas autopoiéticos produzem seres únicos, já que nenhuma história de encontros com os outros organismos é idêntica, nem mesmo no caso de gêmeos intrauterinos. Por isso, não há como determinar como a criança será no futuro, já que o que acontece no processo micro-histórico escapa às previsões dos pais e dos especialistas. A forma como Ingold e Hallam (2007, p. 1, tradução minha, grifo dos autores) introduzem seu livro Criativity and cultural improvisation pode ser transcrita aqui: “Não há roteiro para a vida social e cultural. […] Em uma palavra, […] tem que improvisar.”
O que quero propor é que esses conceitos de cultura e sociedade, implicados na noção de socialização, tal como descrita previamente, não parecem dar conta de compreender o que se passa no mundo adulto nem, muito menos, no mundo infantil. A cultura não reside estática na cabeça dos adultos, esperando ser enviada passivamente para as cabeças infantis. Abordagens sobre a infância que tratam as crianças como agentes sociais, produtores de cultura e personagens históricos (só para citar alguns exemplos: Bluebond-Langner, 1978; Briggs, 1992; Cohn, 2002; Corsaro, 2003, 2005; Nascimento, 2007; Nunes, 1999; Pires, 2009; Tassinari, 2001; Toren, 1990, 1999), levam em consideração que: 1) não há uma idade única para o aprendizado cultural: não apenas as crianças aprendem, mas os adultos não cessam de aprender; 2) as crianças aprendem tanto quanto ensinam, dos/aos seus pares e dos/aos adultos; 3) aprendizagem não se faz apenas por via consciente e racional, mas também através de outras maneiras de conhecer e aprender.
O conceito de cultura e de sociedade adequado a essas três afirmações parte da ideia de que não há uma cultura estática a ser ensinada ou passada de pai para filho. A cultura seria, então, algo dinâmico que se constitui a cada momento. Ela não existe enquanto um a priori, senão a cada momento em que é atualizada. Aprofundar estes tópicos parece-me essencial para o desenvolvimento dessa área de estudos, e poderá também contribuir sobremaneira para a antropologia de modo geral.
Além disso, pensar as crianças como organismos, nas palavras de Ingold, ou como sistemas autopoiéticos, nas palavras de Maturana e Varela retomadas por Toren, são possibilidades que nos levariam a, em outras palavras, tomar as crianças como agentes e, dessa forma, ultrapassar o conceito de cultura no qual as crianças só tinham lugar enquanto índices do mundo adulto.
Uma das possíveis contribuições dos estudos sobre crianças para a antropologia é que eles podem evidenciar a natureza dual do ser social, produtor e reprodutor de cultura. Seria inocência acreditar que a agência infantil é absoluta, e autores como Alan Prout (2005), um dos pais dos New social studies of childhood, já o reconheceram. As crianças dependem dos adultos. Elas são inseridas em um mundo de adultos, um mundo onde são os adultos que, geralmente, dão a última palavra. Por outro lado, algumas pesquisas na área da antropologia da criança e da infância vêm tentando, desde as duas últimas décadas do século passado, explorar o que há de ativo nos primeiros anos de vida do indivíduo, em que medida as crianças são autônomas, em que medida seu mundo não é um mundo adulto em miniatura. O livro Crianças indígenas: ensaios antropológicos (Silva; Macedo; Nunes, 2002), por exemplo, é uma dessas tentativas. Nesse livro, a partir de várias pesquisas de campo em sociedades indígenas, os autores vão tecendo uma vasta rede de agência infantil. Para citar apenas alguns exemplos: Aracy Lopes da Silva (2002) chama as crianças de pequenos “xamãs”: porta de entrada do novo na comunidade, já que as crianças propõem soluções criativas para problemas da comunidade. Mariana Kawall Leal Ferreira (2002) apresenta crianças submetidas a situação de miséria que inventam uma outra maneira de ganhar a vida, muito diferente daquela esperada pelos seus pais. Outro exemplo se dá em diferente contexto etnográfico, como mostra Toren (1999, p. 87-101) a respeito de Fiji; as crianças concebem o mundo de maneira distinta dos adultos: no ritual da yaqona a visão das crianças difere radicalmente das dos adultos. Assim, se de um lado as crianças são conformadas por um mundo de adultos, por outro lado elas conformam o mundo dos adultos. Entretanto, a pergunta que precisamos nos fazer, enquanto antropólogos que estudam crianças, é: mas não é assim em todas as fases da vida? Os adultos também não conformam a realidade social e são conformados por ela?
O que quero propor é que crianças (e adultos) sejam pensados dinamicamente em relação à influência chamada cultural ou social. Se, através de pesquisas etnográficas, for possível demonstrar a validade dessas três afirmações apresentadas anteriormente, poderíamos dizer que já não estaríamos operando com o conceito de cultura ou sociedade enquanto uma entidade, o que parece ter sido a tônica nos estudos de criança como índice. Estaríamos pensando a cultura e a sociedade antes de tudo como uma relação, seja entre crianças-adultos, crianças-crianças ou adultos-adultos. Indo na direção dos estudos da antropologia da criança e da infância que tratam as crianças como agentes sem, no entanto, simplesmente inverter do polo coletivista para o polo individualista. É sobre isso que me deterei agora.
Ao tratar as crianças como agentes corre-se o risco de simplesmente inverter o pêndulo da sociedade para o indivíduo sem conceber mudança teórica significativa. Strathern (Strathern et al., 1996) alertou sobre a obsolescência pragmática do conceito de sociedade justamente porque ele engendra uma série de outros conceitos, entre os quais o de indivíduo, também comprometido com uma ideia de sociedade como entidade, na medida em que a sociedade é concebida como um todo onde os indivíduos constituem as partes. Simplesmente passar da abstração da sociedade para uma abordagem na qual o indivíduo constitui o centro absoluto não modifica em muito o quadro. Quando Margaret Thatcher diz: “A sociedade não existe. Há homens e mulheres individuais e há suas famílias”,25 ela julga ter resolvido o problema: extingue-se a sociedade, uma abstração, e constituem-se os indivíduos, consumidores reais no mercado livre. Strathern mostra, ao contrário, que o conceito de sociedade está intrinsecamente ligado ao conceito de indivíduo e que para fugir de um deles não é sufi ciente ou possível esconder-se atrás do outro.
Para Strathern (Strathern et al., 1996, p. 66, tradução minha), “o primeiro passo é apreender as pessoas como, ao mesmo tempo, contendo o potencial para relacionamentos e sempre embebidas em uma matriz de relações com os outros”.26 Não se trata de conceber um individualismo radical a partir dos estudos das crianças. Trata-se de estar ciente da criança como sujeito ativo em seu próprio mundo social (note-se: o mundo da criança também é social, Ingold concordaria) e não como um ser passivo às margens de um mundo social dos adultos.27 Toren (Strathern et al., 1996) propõe a noção de “sociality” no lugar da de sociedade. Embora também estejamos frente a uma abstração, a “sociality” denota processos sociais dinâmicos nos quais as pessoas estão inseridas. A ideia de sociedade, da qual a de socialização é filha, denota um conjunto de regras/costumes/estruturas/sentidos que existem como um sistema independentemente do indivíduo que será socializado (Strathern et al., 1996, p. 74). Toren trabalha contra a ideia de um bebê enquanto uma tabula rasa, na qual uma sociedade (ou uma cultura), abstrata e descorporificada, será inscrita. Alternativamente, o caminho proposto é outro:

Vamos tomar uma nova perspectiva – de onde, no coração de nossos estudos, nós colocamos pessoas que, como sujeitos históricos ativos e objetos da ação de outras pessoas, são ao mesmo tempo produtos e produtores de significados infinitamente variáveis, mas não arbitrários. (Strathern et al., 1996, p. 76, tradução minha).

Para acessar a revista onde se encontra disponível o artigo, clique aqui.

1º Seminário Nacional sobre Infância, Juventude e Políticas Públicas

Imagem obtida no site do evento.

"A finalidade do evento é proporcionar um espaço de trocas de conhecimento científico, mas também um momento de construção de novas práticas em torno dessas temáticas. Buscando suscitar debates e reflexões de modo a contemplar não apenas os representantes da academia, mas propor uma discussão entre os vários atores sociais envolvidos na produção do conhecimento dentro dos eixos temáticos propostos pelo evento. Possibilitando, assim, o diálogo entre a Academia, Governo e Movimentos Sociais."


1. Constituição e novos arranjos familiares
2. Crianças e adolescentes em condições de rua
3. Educação e Processos de Formação
4. Ferramentas na intervenção junto à infância, adolescência e juventude
5. Formação de jovens para o trabalho
6. Práticas Institucionais no Contexto do Judiciário
7. Violências e Contexto Social 
8. Políticas Públicas e Direitos Humanos
9. Saúde, Vulnerabilidade e Riscos
10. Trabalho Infantil       



O PRAZO PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS É ATÉ 06/05.
Veja as normas aqui.
Instruções aqui

sábado, 16 de abril de 2011

2º Festival Internacional Pequeno Cineasta

Imagem do blog do evento.

O que uma criança é capaz de criar com uma câmera na mão?

A resposta pode ser conferida na 2ª Edição do Festival Internacional Pequeno Cineasta, 
de 8 a 12 de novembro de 2011, no Rio de Janeiro.


Em breve divulgarão a programação. Aguardem.

Para mais informações, conferir o regulamento e realizar inscrição, visite o site do evento.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Bibliografia

Como podem ter visto, criei uma página no blog para reunir bibliografias que possam interessar aos leitores.
Caso ainda não tenham visto, cliquem aqui ou na aba "Bibliografia" logo acima.
E para aqueles que já viram, podem visitá-la de novo, pois tenho atualizado a página constantemente.
Sempre que eu fizer alguma alteração colocarei na primeira página do blog para que possam se inteirar sobre a atualização.

Eis as atualizações:
BORBA, Ângela Meyer. Infância e cultura nos tempos contemporâneos: um contexto de múltiplas relações. Resvista Teias, v.6, n.10-11, 2005.
BUSS-SIMÃO, Márcia. Antropologia da Criança: uma revisão da literatura de um campo em construção. Revista Teias, v.10, n.20, julho de 2009.
CORSARO, William. Sociologia da Infância. Editora Artmed.
FONSECA, Claudia. Da circulação de crianças à adoção internacional: questões de pertencimento e posse. Cadernos Pagu, n.26, p.11-43, janeiro-junho de 2006.
GIRARDELLO, Gilka. Produção cultural infantil diante da tela: da tv à internet. Revista Teias, v.6, n.10-11, 2005.
LEITE, Maria Isabel. Livros de Arte para Crianças: um desafio na apropriação de imagens e ampliação de olhares. Revista Teias, v.6, n.10-11, 2005.
PEREIRA, Rita M. R. Uma história cultural dos brinquedos. Revista Teias, v.10, n.20, julho de 2009.  
PIRES, Flávia. Ser adulta e pesquisar crianças: explorando possibilidades metodológicas na pesquisa antropológica. Rev. Antropol. [online]. 2007, vol.50, n.1, pp. 225-270.
REIS, Andréa C. Imagens históricas da infância refletidas nos contos populares. Revista Teias, v.6, n.10-11, 2005.
RUSSO, Kelly. Vídeos educativos e o diálogo entre culturas: professores indígenas e a apropriação da linguagem audiovisual. Revista Teias, v.8, n.14-15, 2007.  

Se tiverem sugestões não se inibam.
Aceito de braços abertos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

III REUNIÃO EQUATORIAL DE ANTROPOLOGIA


GT 14 - Antropologia, Etnografia e Culturas Escolares 

Amurabi Pereira de Oliveira (UFAL)
Eliana de Barros Monteiro (UNIVASF)
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Sempre houve, na antropologia, uma preocupação em torno dos meios através dos quais o conhecimento é produzido nas diversas sociedades, bem como, o modo que ele é passado adiante, transformado e utilizado. Abarcando, assim, uma concepção alargada de educação.
No Brasil, produções interdisciplinares que abarcam a antropologia e a educação vêm abrindo espaços de diálogos entre estes saberes. Os processos de ensino e aprendizagem transpassam da cultura escolar para a prática da vida cotidiana, do universo cultural que lhe são circunscritos. Bergamashi (2007) e Conh (2005) enfatizam o universo infantil para pensar a prática da educação entre os Guarani e os Xikrin, respectivamente. Nestes contextos socioculturais, identificam-se como nortes de significação cultural são essenciais para entender a própria dinâmica escolar destes grupos.
Buscamos superar a dicotomia entre a antropologia e a educação, que muitas vezes situa esta como prática e aquela como ciência (GUSMÃO, 1997). É inegável a convergência dos dois debates, e cada vez mais a antropologia é chamada a se posicionar acerca da multiplicidade da realidade cultural e social, existente na escola (ROCHA & TOSTA, 2009).
O multiculturalismo, como invenção moderna (HALL, 2009), complexifica a questão. A escola apresenta-se cada vez mais como uma realidade plural, e não como um espaço monocultural. A ideia da interculturalidade na prática educativa é fazer a diversidade ser refletida e compartilhada entre os indivíduos, como nos indica Cuéllar (2001).
Nossa proposta de GT focaliza-se nas práticas do cotidiano escolar, e na apreensão de tais práticas em uma perspectiva antropológica. Em outros termos, como pensar a Educação com a Antropologia? Tratamos, portanto, de pesquisas escolares e dos modos como a abordagem antropológica possibilita uma imersão no universo escolar. Abrimo-nos aqui às mais diversas abordagens, que toquem à temática da antropologia da educação.


MINI CURSO:  Antropologia e Pesquisa Educativa Intercultural

Coordenação:
Maxim Repetto Maxim Repetto (UFRR)
Maria do Socorro Pimentel (UFRR)
Fabíola Carvalho (UFRR)
Resumo: Neste mini-curso revisaremos alguns dos debates contemporâneos sobre pesquisa educativa em interculturalidade envolvendo um campo amplo de reflexão, desde a redefinição do próprio Estado Nacional, os debates contemporâneos sobre participação e Direitos Humanos, até os debates sobre educação escolar indígena e de “interculturalidade para todos”. Um foco especial do debate estará centrado no estudo de propostas metodológicas e teóricas sobre educação intercultural, em especial nos desafios da pesquisa educativa com crianças, jovens e adolescentes indígenas. O principal objetivo é divulgar a temática da educação intercultural e seus vínculos com a antropologia e os estudos sociais de forma mais ampla. Neste contexto que o Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena vem formando professores indígenas no Curso de Licenciatura Intercultural, sendo que no Brasil hoje são aproximadamente 23 cursos em diferentes instituições de ensino superior. No entanto falar em educação intercultural implica abrir um leque de debates, não são conceitos unívocos, mas bem polissêmicos. Buscamos, a partir da troca de experiências, ampliar o debate epistemológico e metodológico, de forma a buscar novos horizontes de compreensão e atuação.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

III ENCONTRO INTERNACIONAL DE LINGUAGEM, CULTURA E COGNIÇÃO

III ENCONTRO INTERNACIONAL DE LINGUAGEM, CULTURA E COGNIÇÃO

REFLEXÕES PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM

17 à 20 de Abril de 2011
Belo Horizonte
Faculdade de Educação da UFMG


 III Encontro Linguagem, Cultura e Cognição tematiza a aprendizagem, assumindo-a em sua acepção mais ampla: como processos de aprendizagem da cultura. A abordagem conceitual proposta revela a atual tendência para a exploração do tema no campo das Teorias da Prática e da Cognição Situada. O programa de debates – de interesse do campo acadêmico e da Educação Básica – assume, portanto, a aprendizagem como tema central a partir de autores que atuam na interseção dos campos disciplinares da Educação, Lingüística, Psicologia, Antropologia e Biologia.  Tal proposta emerge da necessidade de abordar as relações entre a aprendizagem e a prática social, aprofundando o conhecimento de grupos e culturas que geram formas de convivência ou de socialidade constitutivas na formação dos sujeitos.

Para inscrições, programação e contato, visite o site do evento.

terça-feira, 5 de abril de 2011

GT La dimensión etaria desde la antropología: configuraciones de niñez, niñas/os, juventud y jóvenes

X Congreso Argentino de Antropología Social "La antropología interpelada: nuevas configuraciones político-culturales en América latina"
Facultad de Filosofía y Letras. Puán 480, Caballito, Ciudad Autónoma de Buenos Aires
29/11 - 02/12/11

María Adelaida Colangelo. UNLP
Andrea  Szulc. UBA
Laura Kropff. UNRío Negro
Mariana Chaves. UNLP
La propuesta de grupo de trabajo elaborada tiene antecedentes en la coordinación de simposios y mesas de trabajo en el marco de los últimos tres congresos nacionales de antropología social. En el año 2004 se presentaron grupos separados enfocados en infancia y en juventud; ya desde 2006, las propuestas se unieron por sugerencia de los comités asesores en un único grupo de trabajo que funcionó articulando sub-ejes según el evento. En esta oportunidad, y visto los antecedentes y el buen vínculo que hemos creado en esas experiencias, nos atrevemos a proponer inicialmente un funcionamiento conjunto guiado por la discusión antropológica de la dimensión etaria. A partir de los intercambios de casos etnográficos y de las discusiones teóricas dadas en los espacios mencionados, se hace necesario generar una perspectiva teórico-metodológica que permita pensar una antropología que analice la edad como dimensión estructurante de la vida social. Este abordaje antropológico no debería quedar conceptualmente circunscrito a las categorías vinculadas a grados de edad [age grades] específicos como si constituyeran realidades aisladas que se explican en sí mismas. Por el contrario, esta antropología de la edad debería incluir el análisis de los procesos sociales desarrollados en las arenas demarcadas por la puesta en uso de las distintas categorías etarias. Este grupo recibirá, entonces, ponencias que se orienten, tanto al análisis, las interpelaciones y disputas en torno a los grados de edad de la niñez y la juventud, como a la configuración de diversos grupos de edad (generaciones), identidades con anclaje en lo etario y producción cultural de niños/as y jóvenes. 
El grupo propone tres sub-ejes de discusión
1: La niñez como categoría y experiencia. Continuidades y transformaciones
Este sub-eje parte del reconocimiento del lugar que la niñez ha pasado a ocupar como objeto de reflexión en ciencias sociales, especialmente del aporte conceptual y metodológico que a este análisis crítico viene realizando la antropología, desde su tradición problematizadora. El ámbito de discusión construido a partir del VII CAAS ha contribuido a consolidar una perspectiva antropológica sobre la niñez como construcción sociohistórica, heterogénea, cambiante, disputada; como un conjunto de experiencias y categorías que es preciso abordar analíticamente en su complejidad. No obstante, nos preocupa la persistente naturalización de que sigue siendo objeto la niñez, tanto en ciertos discursos académico-profesionales como del sentido común, que la reducen a un fenómeno biológico universal e inmutable. Proponemos, entonces, la presentación de trabajos que den continuidad y profundicen la problematización emprendida en el citado espacio, invitando en particular a reflexionar sobre las continuidades y transformaciones de la niñez en sus diversos contextos socioculturales. 
2: Juventudes. 
Este sub-eje recibirá trabajos de investigación centrados en lo joven, juvenil o jóvenes a partir de dos tipos de aproximaciones. Por un lado, aquellos resultados que aporten a explicar la construcción cultural de la juventud, donde no simplemente se tiene como referente empírico a personas jóvenes sino que se discute la construcción social de dicha categoría. Y por otro lado, los avances de investigación sobre las prácticas culturales realizadas por personas consideradas jóvenes. En este caso también se pretende una problematización de cómo se inserta la producción cultural realizada por este grupo o grado de edad en la dinámica social y cultural más general. El interés por la acción político-cultural, la lectura de las relaciones de poder y cómo se resuelve la cuestión de clase y/o género en la cultura a través de producciones con anclaje en lo etario son de sumo interés para avanzar en la discusión del campo. 
3: Antropología de la edad. 
Este sub-eje se propone colocar el foco en el análisis antropológico de aquellos aspectos que hacen a la dimensión etaria como estructurante de la práctica social que no quedan, necesariamente, circunscriptos a lo que se expresa en términos de grados de edad. Nos referimos, por ejemplo, a la dimensión etaria operando como articuladora de posiciones en el marco de procesos políticos, trayectorias laborales, procesos de comunalización de diversa índole, etc. Asimismo, nos referimos a lo que los antropólogos clásicos de la escuela estructural-funcionalista llamaron “grupos de edad” y que, desde lecturas contemporáneas, se define como “generaciones”. Nos interesan los abordajes de las relaciones intergeneracionales, la vinculación entre generaciones y memoria colectiva, las disputas que se inscriben en términos generacionales, etc. Se espera recibir tanto trabajos etnográficos como ponencias que se centren en la discusión teórica.
 
Informações retiradas do site do evento. Para visitá-lo, conhecer os outros GTs e obter mais informações, clique aqui.

domingo, 3 de abril de 2011

ENSAIO: Crianças Baré no Alto Rio Negro

Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, 
13, 14 e 15 de abril/2011 - Maceió-Alagoas/BRASIL
 
ENSAIO: Crianças Baré no Alto Rio Negro
Imagens: Rogério Lannes Rocha
 Para mais informações e outras imagens, clique aqui.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

XXVIII ALAS - GT22 - Sociologia da infância e juventude

XXVIII Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Sociologia
 
Recife
6 a 11 de setembro de 2011
 
 
GT22 - Sociologia da infância e juventude
Coordenação:
Tom Dwyer (BRASIL)
Maurício Antunes (BRASIL)
Rosa Maria Camarena (BRASIL)
Maria Isabel Dominguez (CUBA)
Silvia Guemureman (ARGENTINA)
Mónica Franch (BRASIL)


Ementa:
O GT Sociologia da Infância e da Juventude da ALAS é um espaço para divulgação e debate das pesquisas realizadas na sociologia latinoamericana, levando em conta as diferentes formas de representar e vivenciar os ciclos de vida na diversidade sóciocultural das sociedades latinoamericanas, as mudanças que acontecem no bojo dos processos de modernização que afetam a região, e considerando também as relações de gênero nos processos sociais. Busca facilitar o intercâmbio das experiências e a articulação entre os diferentes pesquisadores e grupos de pesquisa, a partir dos eixos que compõem o mosaico temático do GT:
a. matrizes teórico-metodológicas nas pesquisas sobre infância e juventude na AL;
b. subjetividades e identidades coletivas;
c. oportunidades e condições de vida
d. consumo, lazer e sociabilidades;
e. políticas de controle social formal da infância e juventude e as estratégias de controles informais;
f. movimentos sociais, políticas públicas e participação política de crianças e jovens;
g. sexualidades;
h. visões de mundo e perspectivas de futuro.

 
Veja a convocatória completa aqui.

Mais informações: